sábado, 28 de março de 2009

Outro

Enquanto penetrava suas carnes quentes e macias, ouvia baixo seu gemido tímido de dor.Abafado o som compassado do meu corpo encontrava violentamente o dela. Pequena criatura graciosa. Sentia-a estremecer junto ao meu corpo. Suas unhas agarradas ao meu braço. Tentava em vão se libertar da mão q a sufocava. Não chore minha querida, essa dor já vai passar, sussurrava em seus ouvidos, pressionando com mais força a mão que lhe tampava a boca e nariz.
Sentiu o pequeno corpo amolecer em seus braços, sorria de satisfação. Fodeu o mais fundo que pode então a soltou. Nada lhe agradava mais do que o brilho parado dos olhos da pequena criatura agora imóvel.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Lettre à mon amant

Espero por ti com a cama repleta de carne. Embebido em sangue meu corpo lateja de desejo pelo teu... Escorre por entre as minhas pernas doce como o suco de uma fruta madura. Sedenta, quero com todos os pelos do meu corpo saborear um pedaço de ti, beber da tua essência, alimentar-me de teu mel, tomando em minha boca o favo. Desprezas-me assim como o abutre despreza a carne nova. Porém hei de aguardar pela tua chegada, ainda que os vermes demorem a habitar o meu corpo, estarei aqui, até que a podridão me consuma e o aroma chegue as suas narinas inundando-te de desejo, estarei aqui. Aguardando ate que me possua com furor, que me tome em seus braços e sacie sua fome.




Possua-me. Imploro, possua-me.